O Futuro Exponencial, escreveu um artigo muito interessante que deve ser lido por todos, pois fala do futuro do trabalho e um futuro de agora. Fala muito sobre o mercado de trabalho e vem de encontro com meu novo projeto de coaching de carreira, baseado no MKT pessoal, ou seja, na sua marca, pois isso terá um grande valor nesse futuro, que já está se transformando em presente, não deixe de ler até o final:
“As máquinas destruirão milhões de empregos no futuro”, “A era dos robôs está chegando”, “Os robôs vão roubar o seu trabalho em menos de x anos”. Você provavelmente já deve ter visto alguma dessas manchetes ou alguma notícia apresentando estudos sobre o futuro do trabalho, não é mesmo?
Diariamente, somos bombardeados com notícias como essas nas mídias sociais, que fazem previsões quase apocalípticas sobre o futuro do trabalho. E como para nós, humanos, nada é mais importante do que sobreviver, toda essa informação é conduzida para uma antiga parte do lobo temporal: a amígdala.
A amídala é responsável por examinar todo tipo de informação à procura de algo que possa nos machucar. É ela que nos leva a prestar 10 vezes mais atenção em notícias negativas do que em positivas. É ela que liga nosso estado de alerta para matérias que podem colocar em perigo o nosso sustento ou de nossos filhos.
Não é novidade que estamos vivendo uma época de profundas mudanças. As novas tecnologias estão transformando a natureza do trabalho em diversos os setores e ocupações. Novas indústrias estão nascendo no mercado, enquanto as antigas práticas estão se tornando obsoletas, a um ritmo cada vez maior.
Mas o que realmente sabemos sobre o futuro do trabalho? Afinal, as máquinas eliminarão milhares de postos de trabalho nos próximos anos? Nossos empregos correm mesmo o risco de ser automatizados? O que revelam os principais estudos sobre o tema? E por que devemos conhecê-los?
Existem dezenas de estudos sobre o futuro do trabalho. O MIT Technology Review recentemente elaborou uma lista detalhada elencando os principais. O problema é que muitos dos relatórios não são fáceis de ser acessados, ora porque não são disponibilizados ao público, ora porque custam centenas de dólares.
Para incentivar o olhar crítico, o Futuro Exponencial decidiu compilar hoje 7 importantes estudos (em inglês) sobre o futuro do trabalho, que foram elaborados por empresas e instituições internacionais e estão disponibilizados gratuitamente na Internet. Confira a seguir mais detalhes sobre cada um dos relatórios.
Desenvolvido por Carl Benedikt Frey e Michael A. Osborne, pesquisadores da Oxford University, no Reino Unido, o estudo analisa 702 profissões de acordo com sua probabilidade de automação/informatização, concluindo que cerca de 47% do emprego total nos Estados Unidos estaria ameaçada nas próximas décadas.
O estudo, elaborado pelo World Economic Forum, analisa as mudanças que ocorrerão no mercado de trabalho entre 2015 e 2020. O relatório sugere que serão criados em torno de 1,4 milhão de novos empregos até lá, e que 65% das crianças, no início da vida escolar, trabalharão em empregos que ainda não existem.
Produzido pela Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), o estudo conclui que a automação e a digitalização não são capazes de destruir um número significativo de empregos, e que apenas 9% dos empregos encontrados nos 21 países da OCDE serão automatizáveis.
Conduzido pela IPPR Commission on Economic Justice, o estudo conclui que o trabalho será transformado pela automação, e não eliminado, sugerindo que cerca de 60% das ocupações atuais têm pelo menos 30% de atividades que poderiam ser automatizadas. À medida que as tarefas são automatizadas, o trabalho será redefinido.
O estudo, desenvolvido pela PricewaterhouseCoopers (PwC), sugere que até 30% dos empregos do Reino Unido estão ameaçados de automação até o início dos anos 2030. Os principais setores em risco são, respectivamente, transporte e armazenamento (56%), fabricação (46%) e atacado e varejo (44%).
O relatório, elaborado pelo McKinsey Global Institute, avalia os tipos de trabalhos que poderão ser criados em diferentes cenários até 2030 e aqueles que correm risco de ser eliminados pela automação. O estudo conclui que 400 milhões a 800 milhões de empregos em todo o mundo poderão ser automatizados até 2030.
Conhecer para não se alarmar
O que todos os estudos têm em comum? O fato de que nenhum deles parece estar na mesma página. As previsões dos especialistas variam de cenários otimistas a quadros devastadores, diferindo em dezenas de milhões de empregos, mesmo quando comparados sob prazos similares.
A verdade é que não temos ideia de quantos empregos serão realmente eliminados com a marcha do progresso tecnológico. E justamente por isso, não há motivo para se alarmar. Não há razão para deixarmos nossas amígdalas – nossos primeiros sensores de alerta – distorcer nossas perspectivas sobre o futuro.
O melhor talvez seja nos mantermos constantemente atualizados, vivenciarmos intensamente novas experiências, estudarmos diariamente novas disciplinas, aprendermos frequentemente novas habilidades para, quando o dia “D” chegar – se ele realmente chegar –, estarmos aptos a se adequar à nova realidade.
Afinal de contas, adaptação nunca foi problema para nós, seres humanos.