Em primeiro lugar, devo confessar que uma das coisas mais importantes que me aconteceram na vida foi participar de um curso de Coaching numa das melhores instituições do gênero. Se eu tivesse a mínima noção dos benefícios que o processo de Coaching proporciona, teria antecipado essa etapa, mas o tempo não dá saltos.
Um curso de Coaching é um investimento caro com retorno garantido, não apenas pelo fato de você poder ganhar dinheiro com isso, mas, principalmente, pelas transformações que o Coaching é capaz de proporcionar na sua vida pessoal e profissional em curto espaço de tempo.
Em segundo lugar, quero esclarecer alguns conceitos que ainda geram dúvida na mente das pessoas:
Coaching é a arte de desenvolver habilidades e maximizar o potencial das pessoas.
O foco principal do coaching é o desenvolvimento de competências ou habilidades comportamentais do indivíduo para que ele consiga ver, de maneira objetiva, onde se encontra (estado atual) e aonde precisa estar (estado futuro) com o mínimo de esforço e o máximo de divertimento possível.
Coach é o profissional habilitado para desenvolver o processo de Coaching; o Coach trabalha músculos (competências) a serem desenvolvidas.
Coachee ou cliente é a pessoa que se submete ao processo de Coaching com o intuito de adquirir novas competências ou ainda de fortalecer competências existentes e não maximizadas.
Uma boa parte das pessoas tem ideia clara de onde pretende. Talvez até tenha planos bem estruturados para chegar lá, entretanto, por várias razões, dificilmente conseguem chegar ao destino. Esses obstáculos são removidos pelo Coach na medida em que o Coachee se propõe a mudar seus hábitos de vida e a empreender o esforço necessário para sair do estado em que se encontra.
Em seu livro The Handbook of Coaching, Frederic M. Hudson refere-se ao processo de Coaching como a instalação de um radar: “se os adultos puderem desenvolver sistemas de radares confiáveis para guiá-los pelo infinito labirinto da vida diária, eles podem manter a confiança, a autoestima e a esperança”.
O radar é um equipamento utilizado para detectar objetos distantes e determinar sua posição, velocidade ou outras características por meio de ondas de frequência de rádio muito altas refletidas a partir de sua superfície. Em resumo, o radar identifica os perigos existentes para que você possa antecipar algumas decisões contra o inimigo.
No caso específico do ser humano, o processo de Coaching prepara o seu radar pessoal para detectar concorrentes, demissões, ameaças, oportunidades, mudanças econômicas, sociais etc. Mais importante do que tudo isso, o processo de coaching permite ajustar o seu radar interior para você se tornar uma pessoa mais eficaz do que é atualmente.
A questão principal aqui é: como você pode manter sua orientação independentemente de qualquer movimento? A pressão diária pelos resultados em meio a tanta turbulência dificulta a escolha do caminho a ser tomado. O fato é que a sua vida não pode depender disso, mas a sua qualidade de vida sim. Se você não administrar as suas competências de maneira eficaz, a cobrança será pesada.
Parafraseando Mr. Hudson, o Coaching é uma arte da alma e o Coachees são artistas da alma. De maneira simples, os profissionais de Coaching ajudam as pessoas ou profissionais a eliminar tudo o que é irrelevante e a maximizar tudo o que é relevante para que elas possam atingir os objetivos que consideram mais importantes em sua trajetória de vida.
Considerando que as opções são muitas e as dúvidas também, escolher o que faz diferença torna-se mais difícil ainda. Na medida em que você adquire a habilidade de compreender a sua própria vida e a sua dinâmica, os benefícios vão aumentando gradativamente.
Como é que se desenvolve a jornada do processo de Coaching? Podemos dividi-la em três etapas distintas, segundo Scoth Blanchard e Madeleine Homan, autores do Best seller Alavanque seu Potencial:
Em qualquer processo de Coaching, as responsabilidades do Coachee são muito claras: abertura para inovação; cumprimento do acordo inicial estabelecido em contrato; desprendimento em relação ao passado; execução dos planos de ação; interesse contínuo; postura receptiva e profissional.
Além disso, a disciplina do Coachee durante o processo de Coaching é uma competência-chave. Quem se considera autossuficiente tende a abandonar o processo no meio do caminho imaginando que já possui condições de progredir sozinhos, mas a maioria acaba regredindo.
Quero lembrar novamente Emerson, o grande pensador norte americano: “leva tempo para descobrir o quanto somos ricos”. Esse é um dos papéis do Coach, mostrar ao Coachee durante o processo de Coaching as habilidades e competências que já estão dentro dele mesmo, porém de maneira mais estruturada.
Uma das metas principais do Coach é conseguir transformar o Coachee numa pessoa melhor do que ele pode ser, entretanto, a cumplicidade ou aquilo que se chama de aliança é fundamental nesse processo.
Pense nisso e seja feliz!